O Determinismo Ambiental foi o primeiro paradigma a caracterizar a geografia que emerge no final do século XIX. Teve como principal personagem o alemão Ratzel. Seus defensores afirmam que as condições naturais determinam o comportamento do homem, interferindo na sua capacidade de progredir. Segundo CORREA (2000 ) essa interpretação de “determinação acabou servindo como ferramenta para ocultar uma ideologia das classes dominantes. Ratzel cria conceitos como : espaço vital, região natural, fator geográfico e condição geográfica.
Ao fim do século XIX, em reação ao determinismo geográfico surge na França, o Possibilismo. Este, procurou abolir qualquer forma de determinação, adotando a idéia de que a ação humana é marcada pela contingência. a natureza era considerada como fornecedora depossibilidades para que o homem a modificasse. Teve como precursor Paul Vidal de La Blache.
O terceiro paradigma da geografia é o Método Regional que vem contrário ao Possibilismo e ao Determinismo. Nele, a diferenciação de áreas é vista através da integração de fenômenos heterogêneos em uma dada porção da superfície da Terra. Focalizando assim o estudo de áreas e atribuindo à diferenciação como objeto de geografia. A partir dos anos 40 essa corrente ganha importância com raízes em Alfred Hettner e Hartshorne.
Após a 2.a Guerra Mundial, verifica-se uma nova fase de expansão capitalista, e conseqüentemente a geografia perde a capacidade de explicar a complexa realidade redesenhada. Surge então um novo paradigma, a Nova Geografiacomoobjetivo de justificar a expansão capitalista, assim como dar esperanças aos “deserdados da terra”. Para tais tarefas utiliza com método o positivismo lógico (Neopositivismo), utilizando-se para isso de técnicas estatísticas.
Durante a década de 1970 e 1980, o conhecimento geográfico passa por novas transformações. Surge um novo paradigma em oposição aos anteriores e também com intenção de participar de um processo de transformação da sociedade, esta denominada Geografia Crítica. Esse paradigma repensa a questão da organização espacial, herdada basicamente da Nova geografia. Trata-se, no caso, de ir além da descrição de padrões espaciais, procurando-se ver as relações dialéticas entre formas espaciais e os processos históricos que modelam os grupos sociais.
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